Rei do Cangaço
Lyrics
Na Vila do Ouro chegou uma mulata
De olhos de prata e tomara que caia
Na beira da praia molhou o cangote
Mostrou o decote e a menor minissaia
Moreira da Silva que era o xerife
Mas que nessas horas bancava o patife
Com cara de tango e andar de bolero
Pegou a mulata e disse, te quiero
Um beijo explodiu sobre a pele aflita
Maria lhe deu todo o seu coração
Mas disse, cuidado, porque nesta vida
Maria Bonita é de Lampião
E o meu Virgulino, ciumento que é
Nunca deixou de pé quem olhasse pra mim
Teu caixão 'tá aberto, o defunto 'tá perto
No beijo da gata encontraste teu fim
Ouviu-se o tropéu do cangaço na Serra
Tremeu Morangueira, tremeu toda terra
Pra mais de cinquenta, o Moreira sozinho
Olhando a mulata sair de fininho
Crianças corriam gritando, mamãe!
E as velhas fugiam pro alto da igreja
O padre benzia, o sino batia
Enquanto Moreira atira e rasteja
Bandidos caiam nas poças de sangue
Exangue Moreira, dispara o canhão
Pegou Virgulino, e de faca na mão
Cortou a cabeça do ex-capitão
Maria Bonita mandou-se do norte
Deu sorte na vida, bonita e bacana
Casou-se de araque e podre de chique
Abriu uma boutique em Copacabana
Writer(s): Miguel Gustavo Werneck De Souza Martins
Copyright(s): Lyrics © Wixen Music Publishing
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The Meaning of Rei do Cangaço
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