Resistência
Lyrics
Eu moro na melhor vista do Rio de Janeiro
Perto do céu, longe do paraíso
Na corda bamba entre a dor e o sorriso
Qualquer esquina vende bala e proibido
Se a bala come não tem baile de favela
Se não tem baile, como eu vou falar com ela
Tia Jurema não dá mole na janela
E acende a vela
Pra ver se o Cristo abre os braços pra gente
Pra abençoar
Pra ver se a bala desvia da gente
Só pra variar
Pra ver se o Cristo abre os braços pra gente
Pra abençoar
Pra ver se a bala desvia da gente
Só pra variar
Eu peço a Deus que a bala desvie da gente
Gente inocente
Gente como a gente
Que teve a coragem de querer ser mais
Cresci ouvindo Caetano
Que são todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos
Tratados como pretos de tão pobres
Por uma burguesia que se vê merecedora e nobre
Ouvi um dia, o morro não tem vez, nem voz
Mas tem um cara que falou que tudo que nóis tem é nóis
E se nóis é tudo que nóis tem
O nosso nome é resistência
Ninguém solta a mão de ninguém
Pra ver se o Cristo abre os braços pra gente
Pra abençoar
Pra ver se a bala desvia da gente
Só pra variar
Pra ver se o Cristo abre os braços pra gente
Pra abençoar
Pra ver se a bala desvia da gente
Só pra variar
Pra ver se o Cristo abre os braços pra gente (iê, iê)
Pra abençoar (pra abençoar)
Pra ver se a bala desvia da gente
Só pra variar
Pra ver se o Cristo abre os braços pra gente (pra gente)
Pra abençoar (pra abençoar)
Pra ver se a bala desvia da gente
Só pra variar (só pra variar)
(Essa eu quero dedicar pro Amarildo, pra Cláudia, pra Catlein, pro menino Miguel)
(Rapaziada que tem fé e continua sobrevivendo no meio dessa Babilônia) pra abençoar
(É, perca fé não)
(Perca fé não, cara, continue rezando e vivendo)
(Pra celebrar a vida) pra abençoar
(Olha lá, moleque jogando bola feliz)
(É assim que tem que ser)
Writer(s): Jefferson Junior, Renegado, Umberto Tavares
Copyright(s): Lyrics © Peermusic Publishing
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The Meaning of Resistência
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